domingo, 28 de setembro de 2008

Pânico Avassalador

Pânico Avassalador

O Pânico avassalador está instalado, o rodopio não deixa que ninguém impune ao medo. O carro fugia das mãos do condutor, o André não conseguia controlar, e acabou por perder a direcção.
- Abram a porta!
- Calma André…
- João estás bem?
- Sim, e tu Miguel?
Pergunto eu.
- Eu estou bem, um pouco confuso com o que está a acontecer.
Continuamos todos com as ideias baralhadas e sem perceber o que realmente está a acontecer, saímos do carro, uns melhores outros menos bem.
- André o que se passa?
Pergunto eu.
- Eu vi alguém, por isso desviei o carro para não lhe bater e acabei por perder o controlo do carro.
- Mas tens a certeza? Eu não vi ninguém.
- Então vocês não repararam no que realmente aconteceu?
- Não André, sinceramente eu não, e pelos vistos não sou o único.
- Vamos para o acampamento e lá falamos melhor.
O caminho não tinha fim, nunca mais avistamos o acampamento, estava frio, a geada que cai sobre nós. Finalmente avistamos luzes, o acampamento.
Chegamos, o André desapareceu, nem deu tempo de conversamos, o André não chega.
- Bem, alguém sabe o que se passou?
- Eu não percebo, não consigo entender, o André tem estado estranho nos últimos tempos.
- Vocês não sabem?
- Não, o que foi?
- O André tem estado com alucinações, ele anda com problemas psicológicos e naõ quer aceitar ajuda especializada.
- Oh! Temos se ter uma conversa quando ele voltar.
- O que se passa? De que estão a falar?
- André temos de conversar.
- Digam.
- Nós queremos que penses em t i, na doença que tens, e que tens de te curar.
- Bolas Miguel! Eu confiei em ti, eu pedi para que não contasses a ninguém.
- Desculpa André, mas…
-Mas? mas nada eu confiei em ti.
E o André saiu, zangado e desorientado e nunca mais o vimos.