sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Memória ao Conservatório Real

Frei Luís de Sousa é toda uma história caracterizada pela simplicidade de uma história trágica antiga.
A tragédia desta história reconhece-se pela representação severa, apaixonada, enérgica, natural e todo o espírito cristianismo seu característico.
Garrett diz que não dá o nome de tragédia à sua obra, pois não tem uma estrutura ideal para ser considerada como tal, mas pela forma assemelha-se a um drama, daí a sua designação.
O enredo, que não segue cronologicamente os factos, inspirado na vida do escritor seiscentista.
São evidentes marcas do romantismo como a religiosidade e a morte e diz-nos que é uma obra carregada de angústia e sofrimento.
Garret descreve um reconhecimento, mais uma das características do texto dramático, a identificação do Romeiro (D. João de Portugal).
Garrett escreveu em prosa, pois não queria outro ritmo que não esse a ser deduzido pela forma harmoniosa e suave de Frei Luís de Sousa.
Salienta que num século democrático como o de então, o que se fizer é pelo e com o povo. O povo sendo povo, quer verdade.
A obra Frei Luís de Sousa foi inspirada na Memória do Sr. Bispo de Viseu, D. Francisco Alexandre Lobo e Frei António da Encarnação.

Discurso Politico.

Senhor Presidente,
Senhores Deputados

No dia 19 de Junho do ano 2000, o mundo, e em especial a Europa, tomava conhecimento de um drama humano terrível: cinquenta e oito pessoas oriundas da China tinham sido encontradas mortas por asfixia dentro de um camião frigorífico que tentava entrar no Reino Unido. A tragédia destes cidadãos chineses colocou de forma pungente perante a opinião pública europeia a questão essencial, que é a da violação gravíssima dos direitos fundamentais ligada ao tráfico criminoso de pessoas, o que choca e repugna a consciência humanista europeia. Importa retirar uma primeira lição deste dramático acontecimento - a ligação entre direitos dos imigrantes e os direitos fundamentais da pessoa humana é uma primeira dimensão que devemos ter em conta em matéria de política migratória. Os inquéritos que se seguiram a esta descoberta macabra permitiram reconstituir a trajectória destes imigrantes que nunca o chegaram a ser. Antes de tentarem a passagem para o Reino Unido, eles tinham sido repelidos nas fronteiras de outros países da União Europeia.
Este facto ilustra uma segunda realidade: a existência de uma fronteira comum cada vez mais vasta - a fronteira da Alemanha é também a de Portugal, como fronteira portuguesa é a da Itália. Aos asfixiados de Dover, juntam-se os muitos afogados que, nas mais anónimas circunstâncias, dão às costas mediterrânicas, pagando com o tributo da própria vida a tentativa de alcançar o «paraíso ali ao lado». E assim se ilustra de forma dramática um terceiro aspecto essencial, que é a principal razão de ser da pressão migratória: o subdesenvolvimento, a pobreza e, em alguns casos, a falta de democracia e de liberdade.
Numerosos estudos, por outro lado, dão conta da necessidade de um significativo fluxo de imigrantes para manter os actuais níveis de desenvolvimento económico na Europa, face ao crescente défice demográfico. Segundo as Nações Unidas, a Itália, por exemplo, precisa de atrair 6 500 imigrantes por ano, por cada milhão de habitantes. Nos próximos 50 anos, Portugal pode confrontar-se com um decréscimo de 17% da sua população actual.
É inegável, ainda, a importância dos emigrantes para os respectivos países de origem. Com as suas remessas, ajudam a equilibrar as balanças de pagamentos e apoiam o rendimento das suas famílias. O factor de progresso e desenvolvimento que os migrantes podem representar quer para os países de origem quer para os de acolhimento é uma quarta dimensão que é essencial ter em conta.
Finalmente, não podemos deixar de sublinhar como as migrações implicam sempre uma relação bilateral entre os Estados e podem constituir-se num factor poderoso de aproximação e de cooperação internacional. Esta é a quinta dimensão que devemos ter presente na formulação da política de imigração.
É precisamente em nome da defesa destes valores que um Governo responsável deve adoptar medidas claras que definam regras transparentes e promovam uma política ajustada à realidade, sem preconceitos nem demagogias fáceis. Importa ter presente que só a regulação dos fluxos migratórios permite a defesa dos direitos dos próprios imigrantes.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Fernando Pessoa

Biografia

Nome completo: Fernando António Nogueira Pessoa

Nasceu: Lisboa ,13 de Junho de 1888
Faleceu: Lisboa, 30 dd Novembro de 1935

Fernando Pessoa conhecido era um escritor e poeta português, é considerado um dos maiores poetas de Língua Portuguesa, e o seu valor é comparado ao de Camões.

Criticas: O crítico literário Harold Bloom considerou-o, ao lado de Pablo Neruda, o mais representativo poeta do século XX, viveu a maior parte de sua juventude na África do Sul, a língua Portuguesa também possui destaque na sua vida, com Pessoa traduzindo, escrevendo, trabalhando e estudando no idioma.

Fernando Pessoa teve uma vida discreta, em que actuou no jornalismo, na publicidade, no comércio e, principalmente, na literatura, onde se desdobrou em várias outras personalidades conhecidas como heterónimos.
A figura enigmática em que se tornou movimenta grande parte dos estudos sobre a sua vida e obra, além do facto de ser o maior autor da Heteronímia.

Morreu de problemas hepáticos aos 47 anos na mesma cidade onde nasceu, tendo sua última frase sido escrita na língua inglesa, com toda a simplicidade que a liberdade poética sempre lhe concedeu: "I know not what tomorrow will bring... " ("Eu não sei o que o amanhã trará").

Fernando Pessoa deixou esta frase:

Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra todos os dias são meus.



Fernando pessoa utilizava os seguintes nomes para seus heterónimos:

Álvaro de Campos
Alberto Caeiro
Ricardo Reis

Entre pseudónimos, heterónimos esemi-heterónimos, contam-se 72 nomes.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Texto argumentativo

“Os meus olhos são diferentes todos os dias”

Queridos leitores, todos devemos encarar a vida como algo de bom, algo de magnífico, bem algo espectacular, simplesmente estrondoso.
Será que damos o devido valor àquilo que vemos?
Será que vemos o que nos faz feliz?
Será que devemos ver o mundo como se fosse a última vez que o víssemos?
Existem tantas perguntas, verdadeiras perguntas que realmente devíamos de questionar, interrogar e que não lhes damos o devido valor, nem sequer pensamos nelas.
Os nossos olhos podem ver as mesmas coisas todos os dias, mas em cada dia podemos-lhes dar um valor diferente.
Atenção, essa diferença que existe de dia para dia é condicionada pelo nosso interior, pelo nosso bem-estar, pela vontade, pelos nossos pensamentos, por tudo o que nos rodeia e que nos afecta.
Mas, tal como o que para outros uma situação pode ser muito boa, para mim, essa mesma situação pode ser péssima.
Será que existem mesmo outros factores que condicionam o que os nossos olhos vêem?
Será que não há nada que condicione essas mesmas situações?
Porque será então, que para outros, mesmo estando tudo bem, seja emocionalmente, financeiramente, sentimentalmente ou outros motivos acham que nada corre bem, e essas mesmas coisas interpretam-nas sempre de igual forma.

Concluindo, existem factores exteriores que interferem com o nosso interior e que condicionam a nossa opinião pessoal, opinião essa que pode ser diferente nas varias situações.

Slogan

Slogan- Fernando Pessoa
"Um grande poeta"


Primeiro estranhas-se depois entranha-se

domingo, 28 de setembro de 2008

Pânico Avassalador

Pânico Avassalador

O Pânico avassalador está instalado, o rodopio não deixa que ninguém impune ao medo. O carro fugia das mãos do condutor, o André não conseguia controlar, e acabou por perder a direcção.
- Abram a porta!
- Calma André…
- João estás bem?
- Sim, e tu Miguel?
Pergunto eu.
- Eu estou bem, um pouco confuso com o que está a acontecer.
Continuamos todos com as ideias baralhadas e sem perceber o que realmente está a acontecer, saímos do carro, uns melhores outros menos bem.
- André o que se passa?
Pergunto eu.
- Eu vi alguém, por isso desviei o carro para não lhe bater e acabei por perder o controlo do carro.
- Mas tens a certeza? Eu não vi ninguém.
- Então vocês não repararam no que realmente aconteceu?
- Não André, sinceramente eu não, e pelos vistos não sou o único.
- Vamos para o acampamento e lá falamos melhor.
O caminho não tinha fim, nunca mais avistamos o acampamento, estava frio, a geada que cai sobre nós. Finalmente avistamos luzes, o acampamento.
Chegamos, o André desapareceu, nem deu tempo de conversamos, o André não chega.
- Bem, alguém sabe o que se passou?
- Eu não percebo, não consigo entender, o André tem estado estranho nos últimos tempos.
- Vocês não sabem?
- Não, o que foi?
- O André tem estado com alucinações, ele anda com problemas psicológicos e naõ quer aceitar ajuda especializada.
- Oh! Temos se ter uma conversa quando ele voltar.
- O que se passa? De que estão a falar?
- André temos de conversar.
- Digam.
- Nós queremos que penses em t i, na doença que tens, e que tens de te curar.
- Bolas Miguel! Eu confiei em ti, eu pedi para que não contasses a ninguém.
- Desculpa André, mas…
-Mas? mas nada eu confiei em ti.
E o André saiu, zangado e desorientado e nunca mais o vimos.