quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Eurico, o Presbítero - de Alexandre Herculano


Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo, nascido em Lisboa em 1810 e faleceu em Santarém no ano de 1877, foi escritor, historiador, jornalista e um poeta Português.
Este Poeta Portugês tal como Almeida Garrett, é considerado o introdutor do romantismo em Portugal, desenvolvendo os temas da discordância do homem com a sociedade.
Herculano, numa carta escrita a Garrett, confessou ser o seu mais íntimo e querido desejo ”ver-se entre quatro serras, dispondo de algumas leiras próprias, umas botas grosseiras e um chapéu de Braga. “Em 1844 escreveu o romance histórico “Eurico, o Presbítero”, este livro fala sobre o respeito do fim do Império Godo, e também da conquista dos muçulmanos que teriam avançado pela maior parte da Península Ibérica.
“Eurico, o Presbítero”, é uma história de amor, passada em Espanha no século VIII, entre Eurico e Hermengarda, após combater, Eurico pede a mão de Hermengarda ao Duque de Flávia, mas este recusa.
Eurico, um homem humilde, entregou-se à religião, tornando-se o Presbítero de Cartéia, para tentar esquecer a amada, através das funções religiosas e da composição de poemas e hinos religiosos, no entanto, quando ele descobre que os árabes estão invadindo a Península Ibérica, transforma-se no enigmático Cavaleiro Negro, e de maneira heróica, Eurico, luta em defesa da sua terra e, devido a seu furor, ganha a admiração dos Godos. Quando a vitória parece certa para os Godos, os dois filhos do imperador, traem o seu povo, a fim de ganhar o trono espanhol.
Após o sucedido, o rei dos Godos morre em batalha, enquanto isso, os árabes invadem o Mosteiro da Virgem Dolosa e raptam Hermengarda. Então, Eurico ao saber do acontecimento salva Hermengarda quando um soldado inimigo estava prestes a matá-la.
Hermengarda declara o seu amor por Eurico, mas em vão, Eurico não acredita que esse amor possa concretizar-se, devido às suas crenças religiosas, e revela a verdadeira identidade do Cavaleiro Negro. Depois de saber a verdade, Hermengarda perde a razão e Eurico, ciente de suas obrigações, parte para um combate suicida contra os árabes.

Inquisição no Século XVII

O inicio da Inquisição em POrtugal foi em 1531.
A inquisição em Portugal inicialmente começou por ser uma instituição da Igreja católica, com o objectivo de combater a heresia, heresia essa que se averiguava se os crentes eram realmente fiéis à sua doutrina ou não.
Com o passar do tempo, vários Países vieram a utilizar a inquisição para fazer Tribunais Régios, ou do Estado, com vários fins políticos. A existência de grupos sociais pôs em causa as acções da igreja católica, os "hereges" contestavam e duvidavam de vários argumentos e de verdades que eram apresentados pela igreja, os "hereges" quebravam a fidelidade para com as Igrejas, contestando aquilo que era considerado verdadeiro.
A inquisição no século XVII era uma espécie de um tribunal que tinha como finalidade a punição dos "infiés", muitas vezes estes eram sacrificados e queimados.
Ao longo do tempo o abuso do poder na inquisição fez com que os papas se organizassem para acabar com a inquisição, mas devido aos motins esta continuou a existir em Portugal.
A inquisição acabou em Portugal em 1821

"Menina e Moça" de Bernardim Ribeiro

“Menina e Moça”, é uma inacabada obra de Bernardim Ribeiro contém 3 edições. A 1ª edição, em 1554, é editada como a "História de Menina e Moça", em Ferrara, e pelo seu exilado judeu português Abraão Usque*.
A 2ª edição, como Saudades, é uma edição eborense de 1557, de André de Burgos e contém um prolongamento. Já a 3ª edição, esta foi editada com base na 1ª edição, em Colónia, por Arnold Birckman, dois anos após da anterior (2ª edição).
Novela sentimental, contém uma porção da novela de cavalaria e de romance pastoril, esta foi influenciada por Boccaccio, entre outros autores italianos Renascentistas. Aceita-se como uma procura de um novo género do romance, com intenção de ultrapassar as fronteiras do país e servindo assim de modelo a outras obras de referência, este mesmo romance sendo inacabada e editada depois de sua morte, não teve assim equivalente na literatura clássica portuguesa. Mesmo assim o autor não deixa de ter a sua importância na literatura medieval.
As obras de Bernardino Ribeiro realçam sempre o tema da infelicidade amorosa. Para além disso há um traço que se considera autobiográfico nas suas obras, deduz-se que fosse natural de Torrão (Alcácer do Sal) e de acordo com determinadas suposições, pensa-se que terá morrido antes de 1557.
Para além da novela "Menina e Moça" Bernardim escreveu também doze diminutas poesias inseridas no Cancioneiro Geral e três composições em verso (o vilancete Pera tudo houve remédio, a cantiga Pensando-vos estou, filha e o romance de Avalor), cinco éclogas, a sextina Ontem pôs-se o sol e a noute, o romance Ao longo de ua ribeira, duas cantigas e outras composições.